Era uma vez em um jogo de xadrez. As peças se preparavam para a batalha. O adversário era novo, desconhecido. Sua origem questionada desde o princípio. Seu surgimento diretamente ligado a um personagem da monarquia. Talvez obra de um descuido de uma corte de maus hábitos. Talvez criado pela nobreza do reino, assim como Deep Blue¹.
Era uma vez em um jogo de xadrez. Rei e Rainha, soberanos e dominadores. A Rainha, fundamental na partida, peça com maior poder de ataque do jogo. O Rei, peça chave, sem ele o jogo termina. Estados Unidos e China, a monarquia do tabuleiro.
Era uma vez em um jogo de xadrez. As Torres, com bom poder de ataque e defesa, possuem grande importância dependendo do posicionamento no jogo e costumam se virar sozinhas, mesmo sem apoio. Aqui estão diversos países desenvolvidos do globo.
Era uma vez em um jogo de xadrez. Bispos e Cavalos. Peças versáteis, podem ser contundentes no ataque e na defesa, mas se isoladas são alvos fáceis no tabuleiro. Vemos aqui países emergentes.
Era uma vez em um jogo de xadrez. Peões. Peças de sacrifício. Linha de frente de uma guerra que não poupa os invisíveis. Países pobres. Contudo, até quando essas peças conseguem sobreviver nesse isolamento?
O xeque-mate significa vitória, ao menos no tabuleiro. No mundo real as marcas da batalha são sentidas por todas as peças, principalmente pelas mais frágeis. A estratégia da vitória, por mais que possa parecer única, nem sempre é justa, os efeitos da vitória podem ser tão nocivos quanto à própria derrota. Seja qual for seu país, seja qual for sua atividade, seja a peça que for, a estratégia agora é se manter no tabuleiro.
¹Deep Blue foi um supercomputador e um software criados pela IBM especialmente para jogar xadrez
