O ano de 2015 iniciou com previsões erradas de especialistas à respeito da balança comercial brasileira. Em janeiro, houve registro de superávit negativo e as previsões eram de que o resultado acumulado do ano seguissem esse mesmo padrão.
Em fevereiro o dólar subiu no mundo todo, em mais um mês de turbulência econômica no Brasil, chegando a marca de R$ 2,89, maior cotação desde 2004, muitos especialistas cravavam que o dólar não ultrapassaria a marca de R$ 4,00 em 2015.
Com a alta do dólar, a expectativa no mês de março era de que as exportações brasileiras auxiliassem na retomada da economia brasileira. As exportações de fato aumentaram, porém, ainda não surgem como a salvação de nossa economia.
Em abril, no intuito de estimular a indústria, a CAMEX desonerou 187 itens para incentivar o setor produtivo através da importação. As empresas que foram beneficiadas com itens na lista publicada utilizaram-se de Ex-Tarifários e pagaram menos impostos em suas importações.
Apesar da crise, no mês de maio o Porto de Santos registrou recorde de movimentação de cargas.
O tema Mercosul volta a aquecer em junho. Cada vez mais observamos a necessidade de aumentar a importância econômica do bloco. O Ministro Armando Monteiro ainda alegou que o Mercosul não pode ser trava para inserção do Brasil em outros mercados.
Em julho, foi divulgado que os principais mercados abertos no primeiro semestre de 2015 têm potencial de incrementar em USD 1,4 bilhão por ano as exportações brasileiras.
O MDIC, iniciou em agosto uma ampla consulta pública junto ao setor privado sobre a negociação de acordos comerciais com nove países: México, Cuba, Canadá, Líbano, Tunísia e EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio, que reúne Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíca).
Em setembro, na tentativa de recuperar a confiança dos investidores, o governo anunciou um corte de despesas na ordem de R$ 26 bilhões, e aumento de impostos com expectativa de geração de receitas em R$ 45 bilhões, já projetando o orçamento de 2016.
No mês de outubro, o economista da NeoValue Investimentos, Alexandre Cabral, cravou que o PIB só volta ao nível de 2013 ao fim de 2019.
Mauricio Macri é eleito presidente da Argentina em novembro e a melhora da relação comercial entre Brasil e Argentina repercute positivamente no mercado.
Dezembro chegou com a cotação do dólar no comércio exterior variando em cerca de R$ 3,90. O ano de 2015 não foi tão positivo quanto a movimentação da indústria em relação a novos investimentos de origem de importação, porém, empresas exportadoras, em geral, aumentaram sua participação no mercado internacional. Esperamos que em 2016 as medidas cabíveis para a recuperação da economia brasileira tenham prioridade e ocupem um papel de mais destaque, ao invés desta guerra política que trava o avanço do país.
Toda a equipe da Intervip Comércio Exterior fica feliz em poder neste momento desejar a todos os leitores um feliz natal e um próspero ano novo. Desejamos a todos sucesso profissional para o próximo ano, além de muita paz, amor, saúde e felicidade na vida de todos vocês.