Renan Diez, diretor na Intervip Comércio Exterior apresenta quatro degraus para sua empresa se desenvolver no mercado internacional.
O comércio exterior pode ser símbolo de crescimento e desenvolvimento dentro da sua empresa. É importante registrar que o mercado internacional é para todos. Independentemente do porte da sua empresa é imprescindível se posicionar e garantir a internacionalização da sua marca. De acordo com um levantamento da Secex e do Sebrae, os pequenos negócios correspondem a 41% das empresas brasileiras que exportam. Ainda, segundo dados da Fundação Dom Cabral, o nível de internacionalização das empresas brasileiras cresceu. Entre os anos de 2006 e 2018, o grau médio de internacionalização saltou de 12,9% para 21,6%.
A presente matéria conta com a colaboração do diretor da Intervip Comércio Exterior, Renan Diez, que nos apresenta quatro degraus para que sua empresa possa se desenvolver e ter um caminho de sucesso no comércio internacional.
O primeiro degrau que sua empresa precisa pisar para iniciar sua trajetória no comércio exterior é garantir sua internacionalização. Iniciar um processo de internacionalização e se desenvolver para atuar em um mercado sem fronteiras é fundamental e, quase que uma obrigação, no cenário atual.
Segundo Diez, “no degrau da internacionalização é imprescindível iniciar com planejamento e objetividade. A empresa precisa de muita análise, estudo e conhecimento de seu mercado no exterior para buscar dados e mapear de forma clara as opções existentes”.
Diez nos conta que não existe um único tutorial para o processo de internacionalização de empresas. Cada empresa segue seus caminhos e vislumbram suas oportunidades, vivenciando, assim, suas próprias histórias. No entanto, aos interessados no tema, compartilhamos aqui os tópicos básicos da internacionalização, no intuito de auxiliar àqueles que estão determinados a subir neste primeiro degrau, mas ainda não sabem como. 1. Estudo de mercado; 2. Análise de concorrência; 3. Definição de mercado-alvo; 4. Conhecimento de regulamentações e normas nacionais e internacionais; 5. Assegurar-se sobre sua solidez financeira; 6. Poder de adaptação e adequação de seus produtos e serviços; 7. Estabelecimento de parcerias estratégicas; 8. Contratação de uma empresa especializada na prestação de serviços em comércio exterior.
Não há receita de bolo, o importante é subir este primeiro degrau, possivelmente, o mais difícil e, enfim, iniciar em um mundo de oportunidades que é o comércio exterior.
Observamos no Brasil, salvo determinados nichos, uma cultura importadora. A grande maioria das empresas brasileiras iniciam no comércio internacional partindo da importação. Aqui, portanto, vislumbramos o segundo degrau. Iniciar na importação, acaba sendo majoritariamente o caminho mais buscado pelas empresas que estão se internacionalizando.
Para Diez, “a importação garante uma vantagem competitiva como diferencial de mercado. Por vezes, importar equipamentos, peças, matérias primas e, principalmente, máquinas, garante um crescimento significativo para a empresa, capaz de gerar economia, lucro e inovação para se destacar perante a concorrência”. Neste mesmo sentido, Diez destaca pontualmente algumas das vantagens que o processo de importação resulta na rotina das empresas brasileiras, sendo: 1. Diversidade de produtos e fornecedores; 2. Preços mais competitivos; 3. Acesso a inovação e tecnologia; 4. Maior lucratividade; 5. Ampliação do mercado consumidor; 5. Possibilidade de exportação.
O último tópico trata justamente da possibilidade de exportação. Empresas que importam estão mais preparadas para o mercado da exportação. Diez relata que “a exportação significa a conquista de novos mercados. Através do reconhecimento de sua marca no exterior, sua empresa garante um ponto de equilíbrio mais sólido que as demais, garantindo a venda de seus produtos para mercados em que a crise não seja uma preocupação vigente”.
A exportação, portanto, é o terceiro degrau. Aqui listamos as principais vantagens: 1. Aumento de produção, vendas e faturamento; 2. Redução da dependência do mercado interno; 3. Aumento da eficiência operacional; 4. Aumento da competitividade; 5. Melhor posicionamento, visibilidade e reputação de marca; 6. Benefícios fiscais;
Para o diretor da Intervip, “ter o comércio exterior como aliado pode salvar sua empresa ou ainda posicioná-la num patamar mais elevado do que atualmente ela ocupa perante seus concorrentes”.
Ficou evidente que internacionalizar sua empresa é o primeiro degrau para o sucesso no comércio exterior. Em consequência, “dentro de um processo natural da realidade do mercado brasileiro e, contextualizando o cenário de forma genérica, temos o segundo e terceiro degraus ilustrados na importação e na exportação respectivamente. Os próximos degraus são inúmeros, inclusive podemos elencar várias etapas que podem ser citadas neste processo de subida na escada do comércio exterior, mas, o objetivo aqui é sermos práticos e mostrarmos como o comércio exterior pode ser símbolo de crescimento na sua empresa, através de quatro degraus escolhidos a título de ilustração”, comenta Diez.
Neste sentido, o quarto degrau escolhido é o Drawback. Após a experiência já adquirida nos primeiros degraus, é rigorosamente aconselhável que sua empresa entenda ao menos de maneira geral este regime aduaneiro especial, criado em 1966, que pode gerar benefícios valiosos para o crescimento e fortalecimento da sua empresa.
Diez comenta que: “o Drawback, diferentemente do que muitos pensam, não se trata de um benefício fiscal e, portanto, justamente por este motivo, não impõe a necessidade de exame de similaridade com relação as importações oriundas a este regime. Na verdade, o Drawback é um incentivo à exportação, vinculado a uma importação de determinada mercadoria, que deverá ser empregada na fabricação, complementação ou acondicionamento da mercadoria exportada.
Diez complementa que: “Este regime aduaneiro especial autoriza a suspensão, isenção ou a restituição de tributos em operações de importação de insumos e produtos intermediários que serão utilizados de alguma forma na mercadoria destinada à exportação.
São inúmeros os benefícios gerados às empresas que se utilizam deste regime aduaneiro especial. Diez cita: “vantagens competitivas no mercado externo, expansão de mercado, custo reduzido; aumento nos lucros entre outros”.
Não importa como sua empresa pretende subir a escada do comércio exterior, cada empresa tem seu caminho, sua trajetória e seus objetivos. Desejamos bons negócios e que o comércio exterior possa sempre ser símbolo de crescimento dentro da sua empresa.