O Mercosul é composto, atualmente, por todos os países da América do Sul, salvo algumas distinções. Temos Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai que formam os Estados Partes, fundadores do bloco em 26 de março de 1991. No ano de 2012 a Venezuela também se tornou Estado Parte. Há também a categoria Estado Parte em processo de adesão, que hoje é composto apenas pela Bolívia, também desde 2012. Por fim, temos os Estados Associados, quais sejam: Chile (desde 1996), Peru (desde 2003), Colômbia e Equador (desde 2004), Guiana e Suriname (desde 2013).
O bloco tem como princípio a livre circulação de bens, serviços e fatores de produção entre os países do bloco, além do estabelecimento de uma tarifa externa comum, norteado pela coordenação de uma política macroeconômica e setorial entre os Estados Partes, com objetivo de fortalecimento da integração econômica.
Em pouco mais de duas décadas de existência, o comércio dentro do Mercosul aumentou cerca de 13 vezes, saltando de 4,5 bilhões de dólares em 1991, para 59,4 bilhões de dólares em 2013. Quase 90% das exportações brasileiras para os demais países do bloco são compostas de produtos industrializados.
O Mercosul é considerado uma potência agrícola, sendo o maior exportador líquido mundial de açúcar, o maior produtor e exportador mundial de soja, além de também ocupar a primeira posição na produção e a segunda posição na exportação mundial de carne bovina. Também é o quarto maior produtor mundial de vinho e o nono produtor mundial de arroz.
Entre os anos de 2001 e 2013 o intercâmbio comercial brasileiro com os demais países do bloco sempre se mostrou positivo, com destaque para o ano de 2006, que registrou mais de 46 bilhões de dólares de superávit comercial. No entanto, em 2014, a balança comercial neste intercâmbio registrou déficit de pouco mais de 4 bilhões de dólares.
Ocorre que na prática, temos visto relações comerciais travadas e nenhum tipo de avanço que faça o Mercosul de fato valer a pena. Através do Mercosul temos acordos comerciais somente no âmbito da Aladi – Associação Latino Americana de Integração, além de outros dois acordos com Israel e Índia. É inadmissível um número tão baixo. Países como México e Chile, por exemplo, possuem cerca de 40 acordos comerciais.
Independente da aproximação do Mercosul com a União Europeia, acordo este que se mostra emperrado devido a divergências entre os países do Mercosul, o Brasil deve seguir o exemplo da Argentina que recentemente firmou isoladamente 15 acordos com a China, e seguir isoladamente rumo a União Europeia, com ou sem Mercosul.
Aliás, já que destacamos Brasil e Argentina no parágrafo anterior, cabe ressaltar que essas duas nações necessitam se unir caso desejem o desenvolvimento do Mercosul, visto que ambos se comportam mais como inimigos dentro do bloco, travando uma guerra comercial que somente prejudica a América Latina.