A abertura comercial é a mãe de todas as reformas. Essa frase impactante é do economista Edmar Bacha, um dos integrantes da equipe econômica que instituiu o Plano Real no Brasil. Tal frase revela a importância de um comércio exterior brasileiro forte, bem desenvolvido e, principalmente, equilibrado.
O processo de abertura comercial no Brasil ocorreu no fim da década de 1980 e durante os anos 90, com foco na liberalização unilateral das importações e com a fundação do Mercosul em 1994. Esses anos revelaram-se cruciais na história econômica brasileira, tendo em vista a quebra do protecionismo tarifário.
Há um indicador revelador a respeito de como se posiciona a economia brasileira perante o mercado internacional, no âmbito da abertura comercial, em que se aplica o seguinte cálculo: GA = (Exportações + Importações) / PIB. Quanto maior o resultado dessa operação, maior o grau de abertura comercial.
A abertura comercial é sempre tema de debates sobre o desenvolvimento de um país. A premissa de uma abertura bem-sucedida é a sua execução equilibrada. A redução dos impostos de importação deve ser alinhada a uma forte política de fomento à exportação, gerando condições de competitividade para as indústrias nacionais, reforçando a tese de que uma reforma tributária fica cada vez mais evidente ao passo que avançamos na questão da abertura comercial, aumentando consideravelmente a produtividade da economia brasileira.
Os benefícios de um comércio exterior brasileiro bem desenvolvido é consenso entre os economistas, no entanto, o Brasil segue longe de ocupar seu lugar entre os países protagonistas, mesmo sendo uma das maiores economias do planeta.
O hino nacional brasileiro diz: “verás que um filho teu não foge à luta”. Como filhos de um Brasil subdesenvolvido, continuamos lutando por um país melhor. A abertura comercial é a mãe do comércio exterior e, como mãe, certamente ficará feliz em abraçar os novos filhos que possam nascer da evolução dessa medida.
Um feliz dia das mães pra minha mãe Eveli e pra todas as mães do mundo.
